quarta-feira, 2 de junho de 2010

QUANTO MAIS PURPURINA MELHOR!!

Na minha juventude, no auge da correria dos 18,19 anos a vida era uma loucura, eu queria viver tudo e exp.erimentar todas.Coisa tipica de jovem mesmo.Jovem tem duas peculiaridades: pensam que sao vitalicios e se acham donos da verdade.
Uma coisa que acontecia muito era que meu mundo era tao meu, era tão tudo para mim que eu nao percebia as pessoas em volta.Isso era bem coisa de jovem.Seu mundo e nada mais. Se chegasse em casa correndo, quando era um dia de festa, de saida com os amigos, eu nao via ninguem quando chegava em casa. Muitas vezes estava minha irmã e minha mãe na mesa lanchando e eu chegava aloprada a mil por hora, enfiava um pão na boca e nem percebia por assim dizer aquele mundo, tao distante do meu.
Quanto mais  festeiro mais longe de casa, quanto mais longe de casa menos vivia ou percebia aquela realidade da famiia. Eu nao estava nem aí, embora achasse que amava muito aquela familia, mas na verdade eu nao respeitava de verdade e me distanciando cada vez mais dos seus valores.
Quem nao participa da vida da casa, nao traz uma compra, nao faz um agrada, nao sofre os sofrimentos e a realidade , lutas e escassez e trablahos da casa, ela so suga e nao leva nada a serio, nao constroi nada, nao aprticipa, quem nao  gasta tempo, nao gasta amor e participacao ele nao tem parte naquela casa.
É como se fosse um mundo distante, é como se o rostinho da minha mae  fosse tao bonitinho, mas tao longe da minha realidade, auilo nao  fazia parte do meu mundo, elas estavam ali como uma imagem distante.
Nao é que nao as amasse, mas o meu amor as festas ao mundo era muito grande.O mundo me sugava muito, as festas eram constantes. Era uma covardia competir com o mundo, com os meus amigos tao alegres tao animados tao felizes e a minha casa era o "feijão", era a dura realidade. Eu definitivamente nao estava ali, naquela casa, nao participava.
Nao que nao amasse, mas o amor as festas era muito grande.Só que  a vida nao é so festa. A festa acaba, a familia continua, alias, continuava e as festas  eram uma parte pequena mas com tanta importancia que acabou devorando os meus dias , horas e meu melhor.
Eu olhava para minha casa e nao via ninguem, eu tava sempre correndo, meu coração nao estava ali. Era ate covardia, tinha muita vantagem estar em varios lugres e nao estar em lugar nenhum, parece que os apelos da minha casa nao eram tao fortes como os  das festas que frequentava, eram mais divertidas e nao me davam o que pensar, nem preocupacoes outras.
Isso me pareceu uma metafora bem apropriada para o momento da igreja, nao apenas local, mas a igreja que estamos vivendo. Paulo disse que demos "ter o mesmo sentimento".Isso é familia. Eu faço parte!
Hoje temos uma porção de "festeiros" na igreja. Aqueles que vem na igreja e nao conseguem  "ver" nada...eles olham mas nao veem. Eles estao de passagem sempre.As festas sao melhores. Eles nao tem vida, nao entregam uma oferta de amor, eles nao  usam seus dons, sao sempre um potencial que nunca sao usados, eles  estao em todos os lugares e nao estao em nenhum , eles sao "universais", eles sao de todos e de ninguem, nao nutrem um mesmo sentimento, porque nao conseguem andar junto, eles tem o seu proprio reinozinho, sao aqueles que hoje que chegam nas igrejas ja sabendo tudo, ja lerma tudo, ja viram tudo na internet, nos livros, tem muito acesso a tudo  e nao conseguem fazer opção.
A Biblia diz que o amor ao mundo é inimizada para Deus. Eles nao sao do mundo, mas  nao sao amigos de Deus, nem da sua igreja, vivem portanto divididos em si mesmos, eles nao conseguem nutrir um mesmo sentimento, eles nao fazem parte de nada, vao onde tem mais festa, vao aos montes, aos sites, aos livros, aos retetés da vida, mas nao encontram o seu lugar no mesmo sentimento, porque isso traz preço, valor, nao constroem juntos, eles querem tudo pronto, nao querem   pagar o preço de caminhar juntos, de suportar, de trabalhar de ver acontecer, eles querem o que  ja está acontecendo. Seu olhar é critico, é mudano.
Nao espere deles achar que nao amam a igreja, nao amam os irmaos, amam sim, amam os iguais, amam os que amam o que eles aprovam, gostam. Mas como no mundo, a festa acaba. "Quanto mais purpurina melhor"- como dizia uma antiga canção. Assim o "mundo" alienado dos que "nao querem nada com o mesmo sentimento"...daqueles que hoje estao dentro da igreja e nao estão , estao de corpo presente, mas a motivacao a participacao é ausente.
Normalmente quando se chega perto desses "sem o mesmo sentimento", eles tem algumas frases chave: Estou orando para ver onde Deus me quer; Frequentam lugares místicos e "altos";  tem sempre um testemunho "trelelê" para dar em grupos, "igrejas" e afins, sempre está disposto a ir nesses lugares onde é "chamado". Sua voz é meio mansa mas a empostação é arrogante. Falar em pastor local eles demonstram logo um ar de superioridade, como se fosse uma "classe" concorrente com suas pretensões- e desprezam esse "oficio"...Nao sao dizimistas, nao tem coração e logicamente seu tesouro nao vai ficar ali. E por fim, eles sao extremamente criticos, estao sempre "avante" do seu tempo, e tem um "dom"especial dado pela sua propria carne  conveniência, tem um sentido apurado de observação , para nao dizer julgamento e extramamente cáusticos. E sempre que falam eles  falam na terceira pessoa ´"nós"- ou seja, O PAI, O FILHO  e ele, que é uma especie de "espirito santo junior"

2 comentários:

Unknown disse...

>Puxa,essa é pra ir no fígado...
Muiiiito forte,é isso mesmo,SEnhor tenha miséricordia desse povo e despertios para um só sentimento,um só espiríto...o mesmo propósito....

Marcus Américo Poemas e canções disse...

Na realidade vivemos num tempo em que há excessos de informações como uma prateleira de supermercado, tudo está tudo muito a vista, a disposição, até as relações são mais virtuais, pois a realidade é mais trabalhosa e não dá margem para idealizações, ou seja, relacionamentos "fast food" são mais práticos, descartáveis, preparar um bife acebolado suja as mãos, temos que nos envolver demais com os cheiros e sabores. Vivemos num mundo onde paradoxalmente tudo é muito rápido, mas parece que não temos tempo de nada mesmo com tantas facilidades. Somos contemporâneos de profusão de luzes que ao invés de esclarecer, cega, desnorteia, como a "cegueira branca" descrita no livro "Ensaio sobre a cegueira". Cristo já nos prevenia que temos a tendência de sermos muito perceptíveis com as mazelas e "ciscos" alheios e nos cegamos para a "trave" do nosso olho, pois o outro é "teimoso" e eu sou "perseverante", ou seja damos alcunhas diferentes para um mesmo quadro dependendo de quem o objeto da análise. O culpado são meus pais, os líderes,etc. a coisa fica perigosa quando nos referimos a igreja em terceira pessoa, "Paulo, Paulo, por que me persegues!" - Ôpa !! Será que lembramos quem disse isso e em que circunstâncias? A "purpurina" é o caminho mais fácil, pois ela nos dá a sensação que temos as respostas, uma suposta liberdade, pois a Cruz não dá IBOPE, e não enche os salões.